terça-feira, 24 de março de 2009

Introdução


· Pretendemos com esse trabalho mostrar as diferentes crises que sacudiram o mundo, mostrando assim suas diferenças e semelhanças, motivos e soluções.
· Também mostrar que no meio de grandes desafios como este, sempre existem possibilidades que geram oportunidades. Oportunidades estas que nos fazem querer inovar e modernizar. Não dizemos só como pessoa, mas país também.
· Países estes que precisam crescer e se unir para não deixarem o mundo se acabar. Um mundo que já renasceu muitas vezes.
· Fazemos parte das mudanças e nem percebemos, porém elas estão presente dentro de nós como cidadãos de uma nação em transformação.
· Crise esta, que não vemos como o fim do caminho mais sim um recomeço.

Motivos da crise de 1929


· No início do século XX, os Estados Unidos vivia o seu período de prosperidade e de pleno desenvolvimento, até que a partir de 1925, apesar de toda a euforia, a economia norte-americana começou a passar por sérias dificuldades. Podemos identificar dois motivos que acarretaram a crise:
- O aumento da produção não acompanhou o aumento dos salários. Além de a mecanização ter gerado muito desemprego.
- A recuperação dos países europeus, logo após a 1ª Guerra Mundial. Esses eram potenciais compradores dos Estados Unidos, porém reduziram isso drasticamente devido à recuperação de suas econômicas.
Diante da contínua produção, gerada pela euforia norte-americana, e a falta de consumidores, houve uma crise de superprodução. Os agricultores, para armazenar os cereais, pegavam empréstimos, e logo após, perdiam suas terras. As indústrias foram forçadas a diminuir a sua produção e demitir funcionários, agravando mais ainda a crise.
· A crise naturalmente chegou ao mercado de ações. Os preços dos papéis na Bolsa de Nova York, um dos maiores centros capitalistas da época, despencaram, ocasionando o crash (quebra). Com isso, milhares de bancos, indústrias e empresas rurais foram à falência e pelo menos 12 milhões de norte-americanos perderam o emprego.
· Abalados pela crise, os Estados Unidos reduziram a compra de produtos estrangeiros e suspenderam os empréstimos a outros países, ocasionando uma crise mundial. Um exemplo disso é o Brasil, que tinha os Estados Unidos como principal comprador de café. Com a crise, o preço do café despencou e houve uma superprodução, gerando milhares de desempregados no Brasil.

Solução para a crise de 1929




· Para solucionar a crise, o eleito presidente Franklin Roosevelt, propôs mudar a política de intervenção americana. Se antes, o Estado não interferia na economia, deixando tudo agir conforme o mercado, agora passaria a intervir fortemente. O resultado disso foi a criação de grandes obras de infra-estrutura, salário-desemprego e assistência aos trabalhadores, concessão de empréstimos, etc. Com isso, os Estados Unidos conseguiram retomar seu crescimento econômico, de forma gradual, tentando esquecer a crise que abalou o mundo.

Crise atual ( 2009 )



· Parte dos motivos que geraram a atual crise financeira reside na venda supervalorizada de imóveis nos Estados Unidos da América do Norte, e a transformação dos títulos que representavam tais dívidas, a saber, as hipotecas, em derivativos que foram por assim dizer comercializados no mundo todo. Bem, se o valor dos imóveis estava supervalorizado, era certo que os devedores teriam problemas em manter em dia os seus respectivos pagamentos. Isto, por si só, já seria um indicativo da falta de segurança das operações envolvendo tais derivativos. Mas por qual motivo o mercado aceitou sem maiores questionamentos a negociação de tais títulos? Bem, um dos motivos foi que a negociação trouxe um aumento artificial nos resultados dos balanços de grandes empresas e, como os prêmios pagos aos altos executivos dessas empresas incidiam sobre os resultados dos balanços, esses altos executivos viram nessas negociações uma oportunidade de aumentar seus rendimentos. Assim, o mercado internacional acabou “comprando gato por lebre”, ou seja, aceitando títulos com recebimentos duvidosos baseados numa falsa segurança transmitida por um grupo de altos executivos. Desta forma, a falta de ética profissional de tais executivos acabou afetando não só a situação de suas empresas, mas a do mercado internacional, com graves reflexos nas economias de todos os países. É claro que outros fatores também colaboraram para o agravamento de tal crise, mas tornou-se inegável a importância do comportamento ético nas empresas, em especial por parte de certos altos executivos, também conhecidos no mercado como CEOs.

Curiosidades



· Qual a situação da China frente ao declínio da hegemonia dos Estados Unidos e da crise capitalista atual?
· Em três aspectos a China se distingue no cenário de crise atual. Primeiro, vai continuar crescendo no próximo ano a uma taxa de 8 a 8,5%, declinando em apenas 1 ponto do ano de 2008. Em segundo lugar, exportar e fortalecer o mercado interno são faces da mesma moeda. Sabe-se que as exportações representam 35% do Produto Interno Bruto, para quem a China vai vender agora? Essa não é uma pergunta feita pelos chineses depois que a crise se instalou, há algum tempo o governo vem investindo no fortalecimento do mercado interno, na estabilidade do yuan e na promoção de empregos. Dessas três metas, o aumento do consumo doméstico será uma boa resposta às dificuldades criadas pelo declínio das exportações. A universalização dos serviços públicos e dos direitos sociais colocou o país numa situação invejável que só os hipócritas não conseguem ver quando repetem o samba de uma nota só dos baixos salários chineses. O salário numa economia socialista se reveste de outro caráter, pois incorpora o aluguel subsidiado, o acesso à saúde e educação e demais direitos sociais. Enquanto os governos capitalistas socorriam os bancos, o governo chinês aprovou um pacote de 570 bilhões para investimentos em construção popular, saneamento, eletricidade, transporte, recuperação do meio ambiente, apoio às pequenas e médias empresas, racionalização das indústrias e reconstrução de áreas destruídas por desastres naturais. O terceiro aspecto que distingue a China é o controle que exerce sobre o mercado financeiro. Nas bolsas chinesas, o capital estrangeiro precisa de autorização para transações na conta de capital (compra de ações), também não há mercado de futuros e nem especulação com o dólar, sendo crime qualquer transação interna com moeda estrangeira.

Semelhanças e Diferenças



· A partir de 1925, apesar de toda euforia, a economia estadunidense começou a ter sérios problemas. O país começou a encontrar sérias dificuldades econômicas, devido, principalmente, ao fato dos salários não terem acompanhado o aumento da produção.
Assim, havia muitos produtos, porém não havia quem comprasse, pois, os salários eram pequenos e os empregos foram reduzidos, gerando assim, uma superprodução e uma crise no sistema econômico. Ou seja, enquanto a produção industrial e agrícola desenvolveu-se num ritmo acelerado, o aumento salarial foi muito lento. Além do mais, em conseqüência da progressiva mecanização da indústria e da agricultura o desemprego foi crescendo consideravelmente.
· Após recuperarem-se dos prejuízos da guerra, os países europeus passaram a comprar cada vez menos dos Estados Unidos e a concorrer com o mesmo nos mercados internacionais.
· Pela falta de consumidores externos e internos, começaram a sobrar enormes quantidades de produtos no mercado norte-americano, caracterizando, assim, uma crise de superprodução, ou seja, muita mercadoria e poucos consumidores.
Para tanto, tiveram que pedir empréstimos aos bancos, oferecendo suas terras diante disso, os agricultores viram-se obrigados a armazenar seus produtos como garantia de pagamento, o que muitas vezes os levou a perdê-las. As indústrias, sem consumidores, foram obrigadas a reduzir sua produção e demitir milhares de funcionários, aprofundando a crise. O CRACK DA BOLSA.
· Apesar da crise galopante, os pequenos, médios e grandes investidores continuaram especulando com ações. Comercializavam esses papéis por preços que não condiziam com a real situação das empresas.Enfim, agiam como se a economia do país estivesse saudável. Entretanto, como era de se esperar, chegou o momento em que a crise atingiu a Bolsa de Nova York, um dos mais importantes centros do capitalismo mundial. Refletindo a real situação das empresas, os preços das ações começaram a baixar. Os acionistas correram para tentar vendê-las, mas não havia quem quisesse comprá-las. Em 29 de outubro de 1929, havia 13 milhões de ações à venda mas faltavam compradores. O resultado foi que os preços das ações despencaram, ocorrendo a quebra da Bolsa de Valores de Nova York

· Sobre a crise atual, ela se concentrou em especial por causa da "bolha imobiliária", onde o estadunidense se endividou, lá você pode pegar no banco valores pondo sua casa e seus bens em penhora, mas como essa "bolha” estava prestes a estourar, o valor dos imóveis despencou, impossibilitando que as dividas fossem pagas ou houvesse o 'reclame' dos bens penhorados.