terça-feira, 24 de março de 2009

Curiosidades



· Qual a situação da China frente ao declínio da hegemonia dos Estados Unidos e da crise capitalista atual?
· Em três aspectos a China se distingue no cenário de crise atual. Primeiro, vai continuar crescendo no próximo ano a uma taxa de 8 a 8,5%, declinando em apenas 1 ponto do ano de 2008. Em segundo lugar, exportar e fortalecer o mercado interno são faces da mesma moeda. Sabe-se que as exportações representam 35% do Produto Interno Bruto, para quem a China vai vender agora? Essa não é uma pergunta feita pelos chineses depois que a crise se instalou, há algum tempo o governo vem investindo no fortalecimento do mercado interno, na estabilidade do yuan e na promoção de empregos. Dessas três metas, o aumento do consumo doméstico será uma boa resposta às dificuldades criadas pelo declínio das exportações. A universalização dos serviços públicos e dos direitos sociais colocou o país numa situação invejável que só os hipócritas não conseguem ver quando repetem o samba de uma nota só dos baixos salários chineses. O salário numa economia socialista se reveste de outro caráter, pois incorpora o aluguel subsidiado, o acesso à saúde e educação e demais direitos sociais. Enquanto os governos capitalistas socorriam os bancos, o governo chinês aprovou um pacote de 570 bilhões para investimentos em construção popular, saneamento, eletricidade, transporte, recuperação do meio ambiente, apoio às pequenas e médias empresas, racionalização das indústrias e reconstrução de áreas destruídas por desastres naturais. O terceiro aspecto que distingue a China é o controle que exerce sobre o mercado financeiro. Nas bolsas chinesas, o capital estrangeiro precisa de autorização para transações na conta de capital (compra de ações), também não há mercado de futuros e nem especulação com o dólar, sendo crime qualquer transação interna com moeda estrangeira.

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